Por: Noticias Digital – 16/11/2023 – fonte: https://folhacg.com.br/

“Como agentes públicos, devemos abraçar, debater e propor as melhorias que a sociedade necessita”

Um dos mais experientes líderes políticos em Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Professor Rinaldo Modesto, 58, leva a vida conciliando as atenções à família e as responsabilidades de uma vida pública de demandas constantes. Depois de trabalhar em diversas profissões, tornou-se professor, líder comunitário e vereador, até conquistar o primeiro de seus cinco mandatos.

Nesta construção aprendeu tudo o que hoje o habilita a exercer um dos mais produtivos mandatos legislativos, com vários projetos aprovados e em vigor. Nesta entrevista à FOLHA, ele assegura que ao trocar o PSDB pelo Podemos, para apoiar a candidatura da irmã, Rose Modesto, não precisou mudar o foco de seu papel na política, priorizando a educação e os direitos humanos.

Professor Rinaldo: com cinco mandatos e credibilidade na trajetória política

Ele destaca a gestão do governador Eduardo Riedel, o trabalho de Rose na Sudeco, e as propostas que apresentou para melhorar a qualidade de vida do povo.

FOLHA DE CAMPO GRANDE – Pautas diversas de direitos humanos, como igualdade racial, feminicídio, abuso às crianças e até desaparecimento de pessoas, além de outras áreas, como o cooperativismo, segurança e educação. Não é um arco temático amplo demais para um mandato? RINALDO MODESTO – É importante ter uma base para sua atuação como parlamentar. A minha sempre foi a educação, mas não vejo problema em abranger outras áreas, principalmente as que nominou. São pautas que tocam intimamente com a nossa luta pela dignidade, proteção das famílias, transformação social e desenvolvimento da sociedade. Estas questões tocam a população no dia a dia e nós, como agentes públicos, devemos sim, abraçar, debater e propor as melhorias que a sociedade necessita.

FCG – Dos projetos que apresentou e foram aprovados, quais são os de maior alcance social ou econômico? RM – Os projetos de maior relevância, e dos quais me orgulho, são os ligados à educação. Sou presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, atuando sempre em defesa dos alunos e professores. Criamos o Estatuto do Estudante [o Cefor], para a capacitação dos educadores na inserção escolar dos alunos portadores de autismo. Também elaboramos o projeto que institui a política de prevenção à violência contra educadores da rede de ensino. Colhemos bons frutos e vemos um impacto positivo na Semana de Combate à Pedofilia, no Projeto Maria da Penha vai à Escola. Querendo ou não, são projetos também sobre educação, mas de uma forma diferente, de conscientização da sociedade.

FCG – A mudança do PSDB para o Podemos trouxe novas exigências, uma delas a recomposição programática com o realinhamento das bases. Tem sido possível realizar estes objetivos? RM – A mudança de partido não alterou o nosso formato de mandato, seu conteúdo se mantém. A linha de pensamento é a mesma: são partidos de centro direita, tanto que o Podemos está bem alinhado à fase de federalização com o PSDB. Continuamos trabalhando com o intuito de trazer o melhor para o Mato Grosso do Sul.

FCG – Ficou no ar a impressão de que sua mudança de partido foi causada por alguma insatisfação, com o governo, com o PSDB ou com o governador. Até que ponto esta impressão procede? RM – A mudança partidária foi tranquila e pacífica. Tenho trânsito com o partido e bom relacionamento, devido até mesmo à nossa história que tem mais de 15 anos, sendo líder da bancada e líder governista na gestão de Reinaldo Azambuja. A justificativa da minha saída do partido se deu em decorrência da candidatura da minha irmã, Rose Modesto, ao governo nas eleições passadas por outro partido. Seria antiético permanecer no PSDB, mas tenho com o partido um excelente relacionamento.

FCG – Qual sua avaliação sobre os primeiros 10 meses do governo Riedel? RM – É positiva. O governador está empenhado em colocar Mato Grosso do Sul em lugar de destaque nacional e internacional, que merece e que temos capacidade de ocupar. Somos um estado rico, tanto na esfera econômica, industrial e extrativista como no social. Esta é uma pauta para a qual o governador vem demonstrando apreço. Ele está trabalhando para que o Estado cresça e se desenvolva ainda mais, tanto com inclusão social como na economia.

FCG – Está em que estágio a pré-candidatura de sua irmã, Rose Modesto, para a prefeitura: em banho-maria, abrindo caminhos ou consolidada com apoio da base governista federal? RM – A política é muito dinâmica. Há exemplos de candidatos que ganharam as eleições vencendo até adversários que estavam muito bem avaliados nas pesquisas. A Rose tem o sonho de ser prefeita, de trabalhar no Executivo. Ela está à frente do União Brasil e desenvolve um trabalho bem consolidado em todo o estado como superintendente da Sudeco [Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste]. Realiza uma gestão produtiva, com uma das melhores performances do gênero, no País, ampliando o leque de investimentos. São oportunidades, por exemplo, para as mulheres empreendedoras, o turismo, o pequeno e grande negócio. No momento certo o União Brasil vai decidir, até porque tem o interesse em lançar candidaturas em todas as capitais. E vai fazer esta discussão. Porém, cabe à população escolher o que considerar melhor para a cidade. Está muito cedo para dizer conclusivamente se ela é candidata ou não.

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